segunda-feira, 18 de abril de 2011

MESTRES DO CORDEL - I

MESTRE AZULÃO

Mestre Azulão - Arievaldo Viana - Bule-Bule

Vamos inaugurar esta nova seção - Mestres da Literatura de Cordel - com o paraibano arretado JOSÉ JOÃO DOS SANTOS, o MESTRE AZULÃO. Na foto, aparece também o poeta baiano Bule-Bule, repentista inspirado, cantador de samba de roda e cordelista de primeira linha. O que torna o AZULÃO um cordelista especial é saber cantar os folhetos nas velhas toadas de José Camelo de Melo Resende e outros grandes poetas do passado.
A biografia de Mestre Azulão foi extraída do site da Casa de Rui Barbosa.


BIOGRAFIA
Por Leonardo Vieira de Almeida

Azulão, alcunha de José João dos Santos – a qual adotou do cantador negro pernambucano Sebastião Cândido dos Santos, falecido em 1945 – nasceu em Sapé, Paraíba, em 8 de janeiro de 1932. É filho de João Joaquim dos Santos e de Severina Ana dos Santos.
Cantador de viola e poeta popular, vive atualmente no Rio de Janeiro, onde pode ser encontrado na Feira de São Cristóvão, vendendo seus cordéis em um estande. Aos dezessete anos de idade já compunha seus primeiros versos.
Publicou folhetos de cordel em A Modinha Popular, Jornal das Moças Ltda., R. Gomes Artes Gráficas, A Voz da Poesia, todas no Rio de Janeiro; e na Editora Tupynanquim, de Fortaleza.
Humor
Para a campanha de defesa do folclore brasileiro, gravou o disco Literatura de cordel, em 1975. Seus folhetos mais famosos são O trem da madrugada e O poder que a bunda tem. A obra desse cordelista, que contabiliza ter publicado mais de trezentos folhetos, se destaca principalmente pelo humor, abordando temas como a história da minissaia ou uma genealogia dos chifrudos.
Não deixa de enveredar, também, pelas histórias de animais, pelos contos de castigo e recompensa e maravilhosos, pelejas, fatos políticos e históricos, aspectos da religião (milagres e romarias em Aparecida do Norte), além do romance, como por exemplo História de Renato e Mariana no Reino de Macabul.
Nota: O poeta não autorizou a digitalização de sua obra, disponível para os pesquisadores na Biblioteca da Fundação Casa de Rui Barbosa.



Referências bibliográficas

GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Secretaria do Estado de Ciência e Cultura e Departamento de Cultura – Inepac / Divisão de Folclore. O cordel no Grande Rio. Rio de Janeiro, 1978.
PROENÇA, Ivan Cavalcanti. A ideologia do cordel. Rio de Janeiro: Editora Imago, 1976.

Um comentário:

  1. Parabéns ao Blog Acorda Cordel! Prova que quer conservar a cultura sobre cordel.
    Sempre faço publicação de poemas, sonetos...
    Parabens aos que fazem este blog crescer mais e mais.

    José Mendes Periera - Mossoró-Rn.

    ResponderExcluir